Confira a coluna de Lucas Neto no Jornal Zona Leste:
"Palmeiras, um predestinado?"
Foto: Cesar Greco/Palmeiras
Será que os Deuses da Bola escolheram o Palmeiras para resgatar a estima e a confiança do torcedor brasileiro no nosso futebol, outra vez?
Amanhã, dia 7 de fevereiro, se inicia a fase semifinal do Mundial de Clubes 2020, no Catar. Palmeiras e Bayern já conhecem os seus adversários na fase semifinal da competição.
O Palestra enfrentará o Tigres, do México, e o Bayern, o Al Ahly, do Egito.
Os vencedores desses dois jogos farão a grande final.
Embora, na rivalidade das torcidas, existam gozações e provocações, o Palmeiras pode ser BI CAMPEÃO MUNDIAL, sim!!!
Em 1951, ganhou a Copa Rio, no Maracanã, que foi considerado o Primeiro Mundial de Clubes. Arbitragem da FIFA, escalação de árbitros dela, uniformes com a logo da FIFA dos oficias do evento. Bola com a chancela FIFA.
Juntamente com o amigo/irmão jornalista Arnaldo Branco Filho e o cinegrafista Carlos Lupo fizemos, em 2001, na comemoração dos 50 anos dessa conquista, toda a pesquisa, entrevistas, levantamentos para elaborarmos o “dossiê” e a monografia dessa competição. O trabalho de aproximadamente um ano, aconteceu com a nossa contratação para a sua pesquisa e organização da festa de 50 anos desse título. O presidente palmeirense à época, Mustafá Conturci, oficializou e autorizou a execução do projeto, designando o diretor Roberto Frizzo a nos acompanhar.
Reitero que os Deuses da Bola predestinaram o Palmeiras a resgatar a autoestima da torcida brasileira depois da perda do Mundial de 50 para a seleção uruguaia, no Maracanã, 2 a 1, no episódio conhecido como “O MARACANAÇO”.
Lembremo-nos que o Mundial de 50, foi o primeiro após o término da Segunda Guerra Mundial. A FIFA só encontrou no Brasil apoio, capacidade e determinação de promover a competição. Construiu o Maracanã, estádio para 200 mil pessoas e realizou o campeonato.
Jules Rimet, presidente da FIFA e o secretário-geral, Otorino Baracci, italiano (presidente da Federação Italiana, que durante a guerra escondeu no porão da sua casa a estátua de ouro, aquela que anos depois foi roubada do cofre da CBF, que a tinha conquistado em definitivo em 70), quando desceram da tribuna para o gramado para a cerimônia de encerramento do campeonato, se surpreenderam com a virada do Uruguai para 2 a 1. Estavam certos que iriam entregar o troféu ao Brasil. Se surpreenderam com o Uruguai campeão do mundo. Maracanã em silêncio sepulcral. Torcida estagnada, perplexa e chorando.
Na volta para o hotel, no automóvel que os conduzia, Jules Rimet disse ao Otorino que gostaria de fazer alguma coisa para a torcida e para o Brasil, que fez milagres para promover aquele Mundial. O italiano que já planejava o Campeonato Europeu de Clubes, aproveitou a deixa e sugeriu um campeonato Mundial de Clubes, com 4 europeus e 4 sul-americanos. Rimet topou de pronto: “Será um Mundial de Clubes!”
E o Palmeiras ganhou o PRIMEIRO MUNDIAL DE CLUBES. Estava predestinado a resgatar a estima e a confiança do torcedor brasileiro no nosso futebol.
Será que “O ALVIVERDE IMPONENTE, QUE SABE SER BRASILEIRO”, como diz a letra do seu hino, está predestinado outra vez a esse resgate?
Futebol não é ciência exata como a Matemática: 2+2=4, sempre. Na Medicina, no Futebol, 2+2 às vezes dá 3,9 ... 4,1.
A tendência nesse Mundial do Catar, se prevalecer a lógica (futebol tem lógica?), é que Palmeiras e Bayern devem fazer a grande final.
Será que o Palmeiras está predestinado a tirar da nossa garganta os 7 a 1 da Alemanha, aqui no Brasil, de 2014?
Que assim seja. AMÉM.
Um abraço,
Lucas Neto