Lucas Neto
Foto: Twitter / Santos FC
A organização e condução do funeral do Rei Pelé foi praticamente impecável. A mobilização e o envolvimento de todas as áreas que, evidentemente, sabiam do desfecho fatal do câncer de cólon que o consumia, foram impecáveis.
Cerimonial digno do Rei Pelé.
Rei do Mundo da Bola.
Rei que encantou o mundo.
Parou-se uma guerra para vê-lo jogar.
Foi recebido por Presidentes, Reis, Rainhas, Xeiques, Ditadores, mantendo com todos a mesma cordialidade e simpatia.
Foi o maior embaixador do Brasil.
O seu funeral durou dois dias e foi transmitido para todos os cantos e recantos do Planeta Terra. O mundo, sem exagero, parou para acompanhar o seu ADEUS.
Santos, a cidade que o adotou e que ele conquistou, foi extraordinária. De maneira impecável, mostrou ao mundo a importância do Rei Pelé na divulgação do que ela representa no contexto nacional e mundial.
As Policias Militar e Civil foram extraordinárias na manutenção da ordem, no trânsito, nas emergências, nos improvisos. Tudo! Tudo! À altura do REI PELÉ!!!
Tive, permitam-me orgulhar-me disso, oportunidade de entrevistá-lo inúmeras vezes e acompanhá-lo em eventos, em ações até publicitárias, nos papos com ele garoto numa pensão no Embaré, ainda com 16/17 anos, onde foi morar lá colocado pelo seu empresário, Pepe Gordo. Nas próximas crônicas, lembrarei coisas curiosas que vivenciei com ele.
Agora, amigos, simplesmente lamentável, o comando das direções, produtores e outros profissionais das emissoras de TV (sem exceções) do amanhecer do dia do sepultamento até a saída do caixão para o carro do Corpo de Bombeiros.
Na tenda armada no gramado da Vila Belmiro, as câmeras foram colocadas, obviamente, na direção dos pés do caixão. Nos momentos principais inúmeras pessoas cobrindo a visão do que acontecia ao lado e cabeceira do caixão. Não houve uma pessoa que poderia ter solicitado à segurança que não encobrissem essa visão. Pior: os cortes dos diretores de TV repetidos passando para repórteres que repetiam sempre as mesmas coisas.
Os padres benzendo o corpo, fazendo as orações, dirigindo-se aos familiares, momentos que todos queriam ouvir, nós telespectadores éramos obrigados, infelizmente em todos os canais que eu zapeava, a ouvir abobrinhas e/ou repórteres falando sempre as mesmas coisas sobre as filas e que depois o cortejo passaria em frente à casa da Dona Celeste, mãe do Pelé, que tinha completado no último dia 20
de novembro 100 anos.
Confesso que me deu muita saudade do Tuta (TV Record), do Arruda Neto, Luiz Galon (TV Tupi) e tantos outros diretores e produtores de TV de antigamente. Foi lamentável.
Perdoem este desabafo. O Edson morreu. Pelé é imortal! PER OMNIA SAECULA SAECULORUM. Amém.
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