Já é hora de cairmos na real: fomos os melhores do mundo

Por Redação do É hora de esporte

03/03/2023 12h54 (Atualizado há 1 ano) Já é hora de cairmos na real: fomos os melhores do mundo

Lucas Neto

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

“Terça-feira gorda” de Carnaval, como se falava antigamente, eu estava no Guarujá e como já passou o meu tempo de folião, ligadão na televisão.

Em meio às trágicas matérias mostrando a catástrofe do vento Noroeste e as chuvas que castigaram de Santos às cidades do Litoral Norte, que tiraram vidas, destruíram casas, carros – ainda pessoas estão desaparecidas –, sobraram para vermos os desfiles das Escolas de Samba (parabéns à Mocidade Alegre) e o futebol. O futebol, aliás, foi um prato cheio.

Os jogos de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa foram sensacionais.

Na Inglaterra, Liverpool 2 x 5 Real Madrid e na Alemanha Eintracht 0 x 2 Napoli. Os dois jogos no mesmo horário. Então, acompanhei ao vivo o “chocolate” do Real Madrid no Liverpool e gravei para ver depois o “meu” Napoli (sou neto de napolitanos por parte de pai e mãe) vencer o Eintracht. E esta fase do Napoli está me fazendo lembrar aquela dos tempos de Maradona, Careca e Alemão e depois a do Caio, que até hoje chora quando a torcida napolitana canta a música “O primo amore” como o hino napolitano. Eu choro junto, amigo Caio. Nosso time lidera o italiano com 15 pontos de vantagem.

A virada do Real Madrid em Liverpool foi SENSACIONAL!
Nos primeiros 10 minutos de jogo, os ingleses fizeram 2 a 0. Segundo gol um “frangaço” de Courtois, um dos melhores goleiros do mundo. Quis dominar a bola com os pés e driblar o Salah, mas ela sobrou para o goleador, que tocou para dentro do gol e saiu comemorando sorrindo, pelo gol e o presente que recebeu.

O técnico extraordinário Ancelotti, que alivia a sua tensão mascando chiclete em todos os jogos, era mostrado pelas câmeras jogando a goma de mascar de um lado para o outro com força, não acreditando no que estava acontecendo. Aí as coisas começaram a mudar. Vini Jr., cada dia melhor, em velocidade e como sempre oportunista, fez o primeiro gol “merengue” (os madrilenhos são chamados de “merengues” por causa do uniforme todo branco, como o doce). Pouco depois, o goleiro brasileiro Alisson, da nossa seleção, devolveu a gentileza do Courtois, dominou uma bola, se afobou, tentou dar um chutão e ela (a bola) bateu na perna do Vini Jr., que estava de costas, mas acabou encobrindo o goleiro e empatando o jogo.

Os ingleses acusaram o golpe. Aí os espanhóis tiraram proveito e foram pra cima. Militão, zagueiro, numa bola cruzada, de cabeça, fez 3 a 2. Depois, Benzema, duas vezes, com estilo, ampliou para 5 a 2. Um dos seus gols com “tapinha” de lado, outra vez do Vini Jr...

Depois de assistir a essas duas partidas veio-me à mente a saudade dos bons tempos em que éramos “os melhores do mundo”.

E, como estávamos em dia de Carnaval, com muita saudade “cantarolava” o refrão de um sucesso inesquecível de música carnavalesca: "RECORDAR É VIVER, EU HOJE SONHEI COM VOCÊ”. E a “ficha” caiu: “FOMOS OS MELHORES DO MUNDO”.

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