Por Lucas Neto
Amigos do É Hora de Esporte,
Heroicamente, dois clubes brasileiros, dia 30 de janeiro, às 17 horas, decidirão o título da COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA 2020 - o “MARDITO” coronavírus (Covid-19) obrigou a competição a invadir o calendário de 2021. Será jogo único, no Maracanã. Empate no tempo normal, a decisão irá para prorrogação de 30 minutos. Persistindo o empate, o título será decidido nos pênaltis: começa com uma série de 5 e persistindo o empate, cobranças alternadas uma a uma, até que haja um vencedor. Para que todos saibam, se houver expulsões durante o tempo regulamentar ou na prorrogação, no rodízio dos pênaltis, as duas equipes entram nessa fase com número igual de atletas. Exemplificando: se um time vai para os pênaltis com 10, porque um foi expulso, o outro clube terá de excluir um cobrador para ficarem com números iguais.
O Santos já foi campeão 3 vezes (1962, 1963 e 2011). O Palmeiras, uma vez (1999). O Santos buscará o seu quarto título e o Palmeiras, o segundo.
Uma pena que o “MARDITO" coronavírus, causador da Pandemia, obrigará o clássico paulista a ser disputado com o estádio vazio. Se pudesse receber público, certamente o total dos ingressos já estaria vendido e marcando um novo recorde de público neste novo Maracanã, e outro recorde de invasão paulista, lembrando a de 76 do Corinthians contra o Fluminense, no Brasileirão daquele ano.
Curiosamente, teremos de nos lembrar também da Copa Rio de 1951, o PRIMEIRO MUNDIAL DE CLUBES, vencido pelo Palmeiras, com o estádio lotado naquela final contra a Juventus da Itália. Título que amenizou o sofrimento da perda do Mundial de 50, na final com o Uruguai, que ficou na história como o DRAMA DO MARACANAÇO (2 a 1 para os uruguaios).
Essa decisão do dia 30/01, em um momento normal, de calendário normal, teria outras pinturas, outras circunstâncias e outras atrações. Palmeiras e Santos estariam com os seus elencos mais completos e melhor preparados, tinindo para um grande espetáculo.
O momento atual é terrível para os dois.
O Palmeiras, nesta reta final desgastante, ainda tem pela frente os jogos no Brasileirão e disputará a final da Copa do Brasil com o Grêmio, em dois jogos. Além, é claro, da Libertadores.
Nesse aspecto, o Santos tem a vantagem (vantagem?) de disputar só o campeonato nacional. Não fossem os “milagres” do Cuca, que recuperou o time, com um elenco curto, recebimentos atrasados, contusões e melhorando o futebol da equipe, a situação santista seria caótica. Ele aproveitou o DNA santista de futebol para frente, ofensivo e com as revelações da base. Nesta arrancada, o elenco tem 17 jogadores formados no Centro de Treinamento Rei Pelé, onde nascem os MENINOS DA VILA. Louve-se também o elenco que mesmo com salários atrasados se dedica e coloca o coração na ponta das chuteiras. Os jogadores crêem que poderão ganhar, lucrar e mostrar que são homens de verdade.
Do Palmeiras podemos dizer o mesmo. Abel, o “Gajo”, é excelente treinador. Está aproveitando, valorizando e revelando os meninos “Pratas da Casa”, as Crias da Academia. Cientificamente, reveza os jogadores do elenco, dá um drible nas perdas com os contundidos e os punidos por cartões, etc.
Por tudo isso, os dois brasileiros que disputarão a Libertadores merecem estar nessa final. Ao vencedor e ao vice, todas as glórias. Ao campeão, a certeza de que irá para Mundial de Clubes no Qatar e que lá poderá conquistar mais um título desses para o Brasil.
Foto: Conmebol Libertadores