Foto: Lucas Figueiredo / CBF
Lucas Neto
O ano de 2022 também ficou marcado por uma Importante reunião na sede da CBF para tratar de assuntos sobre racismo, violência no futebol e medidas punitivas.
Nesse encontro realizado em 24/08 estiveram presentes Gilberto Gil (cantor e compositor) convidado de honra, Antônio Pitanga (ator), o presidente da CONMEBOL Alejandro Domiguez, dirigentes da FIFA, da UEFA e representantes de torcidas organizadas, antiracistas e da LGBTQIA+, o presidente da CBF Ednaldo Rodrigues e membros da sua diretoria.
Em sua palavra, Ednaldo anunciou que pretende, já para o Brasileirão do ano que vem, que a manifestação de “UM TORCEDOR NESSE SENTIDO” gere a perda de pelo menos um ponto ao clube deste torcedor.
Essa proposta será apresentada ao Conselho Técnico das divisões nacionais. Aos Clubes caberá a decisão de inclusão da medida já nos campeonatos do ano que vem.
O CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) já prevê punição desportiva para casos de manifestações coletivas de torcidas. Todavia as penas são raras e facilmente derrubadas pelos advogados dos clubes. “Punição para Inglês ver” – frase marcante na vinda de Dom João VI para o Brasil, o pai do Dom Pedro I, cujo coração veio para o Brasil como parte dos festejos do bicentenário da nossa Independência, no próximo dia 7 de setembro e reinauguração do Museu do Ipiranga, todo renovado.
A ideia, voltando à punição ao racismo é boa, porém, creio, utópica. Advogados em suas defesas vão “tirar de letra” essas punições. No futebol, em quase todo o mundo, DAS COISAS MENOS IMPORTANTES O FUTEBOL É A MAIS IMPORTANTE (como diz sempre o meu amigo que detesta propaganda e “merchandising”, Milton Neves, e do qual sou fã de carteirinha).
Alguém tem dúvida de que torcidas organizadas e até dirigentes ou fanáticos não “irão armar” para essas punições a clubes adversários? Como?
É simples: infiltração na torcida contrária e fazer a manifestação. Alguém acredita que um maluco desses será punido exemplarmente? Será preso e julgado? Mesmo que aconteça, a “encrenca” estará resolvida? Se fosse no Japão talvez sim. Aqui??? Duvido.
Imaginemos também as seguintes hipóteses: regulamento aprovado, um time com a perda desse ponto não é campeão ou é rebaixado. O caso ficará sub judice quantos meses ou quantos anos?
Importante destacar que sou rigorosamente contrário às manifestações raciais, homofóbicas, de gênero, etc. Os casos devem ser resolvidos, quando acontecerem, pela Justiça Comum. As prisões e detenções pelas autoridades policiais.
Parabenizo o presidente da CBF pela preocupação e intenção de acabar com isso no nosso futebol. Infelizmente, aqui, é utopia.
O ser humano, de todas as raças, exceto a cor da pele, são todos iguais: tipo sanguíneos, cor do sangue, órgãos e tudo o mais. Foi assim que Deus nos fez.